Implantação de plataforma de cuidado híbrido para gerenciamento de risco em pacientes com doença crônica

Um relato de experiência foi aprovado para publicação no XX Congresso Brasileiro de Informática em Saúde (CBIS’24) que será realizado entre 8 e 11 de outubro em Belo Horizonte (MG). Neste artigo os pesquisadores Babila Rangel, André Takahata e Antonio Valerio Netto descrevem uma experiência na implantação de uma plataforma de cuidado híbrido em uma cooperativa de saúde, com foco no acompanhamento de grupos usuários portadores de doenças crônicas (Hipertensão, Diabetes e Obesidade), para realização de telemonitoramento, teletriagem e classificação dos casos de saúde a partir da verificação de sinais vitais e fisiológicos, gerando alertas de classificação de risco.

Como resultados, foram observados ganhos no acompanhamento e intervenção no fluxo de atendimento, principalmente em relação à adesão dos participantes à modalidade implantada, além da otimização dos fluxos de consultas eletivas, encaminhamento ao profissional especialista e atendimentos de emergência. Ao longo da execução desse trabalho, verificou-se a efetividade da solução proposta em incorporar ações de saúde primária. O emprego do telemonitoramento via cuidado híbrido promoveu ações de prática preventiva e de manutenção de doenças crônicas para pacientes em atendimento permanente.

Foi verificada a adesão do grupo monitorado, além de resultados práticos para otimização da jornada do paciente, com agendamentos de consultas direcionadas, incentivo e monitorização referente a adesão de atendimentos eletivos, reduzindo as idas desnecessárias a prontos socorros, assim como, evitar possíveis readmissões e reinternações hospitalares; além de auxiliar na gestão das filas de espera por atendimento. Outro ponto favorável foi o atendimento precoce de usuários conforme a geração de alertas, como, apoio ao processo de desospitalização com objetivo de obter melhoria dos indicadores de desempenho relacionados ao DRG (Diagnosis Related Groups).

Em linhas gerais, a implantação do cuidado híbrido foi capaz de intervir positivamente nos casos em que houve deterioração clínica dos pacientes de maneira a otimizar os processos de gestão automatizada em instituições de saúde. É importante destacar que a inteligência artificial pode atuar como um facilitador junto ao processo de saúde digital por meio de soluções de healthbot para apoiar as ações de teletriagem que atualmente são realizadas de forma manual pelo contact center vinculados ao cuidado híbrido. Essas soluções incorporam sistemas de diálogo, com interações entre o ser humano e o sistema por meio de chatbot (escrita), voicebot (oralmente) e análise de imagem para interpretação de expressões da face humana.

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